Fernandinho provoca debate ao defender que cristãos rejeitem músicas do mundo

Durante muito tempo foi ensinado nas igrejas evangélicas que a música secular, também chamada de música “do mundo”, não deve ser ouvida pelos cristãos. Essa orientação, contudo, parece ter perdido força nos últimos anos, algo que foi criticado pelo cantor gospel Fernandinho.

O cantor, famoso por sucessos como “Uma Nova História” e “Faz Chover”, fez uma pregação onde alertou sobre o que considera inadequado para o público evangélico, citando como fundamento do seu argumento a passagem bíblica de Tiago 3:11,12.

“A Bíblia diz que da mesma fonte não sai água doce e água amarga”, pregou Fernandino, criticando a posição de outro líder evangélico que, diferentemente do cantor, defendeu a possibilidade de ouvir músicas seculares, desde que bem escolhidas.

“Ouvi um pregador falando de música secular e disse que é pra gente selecionar [a música que ouve], daí eu virei pra Paula e disse: ‘Amor, como ele diz para selecionar se a Bíblia diz que de onde sai água doce, não sai água amarga?””, questinou.

“Mundo é mundo”

Os evangélicos que pensam diferente de Fernandinho, por outro lado, entendem que é possível ouvir músicas seculares, desde que a letra da canção, ou seja, a mensagem que carregam, não contrariem os ensinamentos bíblicos.

Para esses cristãos, ouvir uma canção secular que não afronta a Palavra de Deus é nada mais do que apreciar uma arte qualquer, como a pintura em um quadro ou um trabalho artesanal, considerando que a música também é considerada obra artística.

Para Fernandinho, no entanto, não há conciliação entre o mundo e o Reino de Deus. O cantor entende que os convertidos a Cristo devem escolher uma posição, o que envolve escolher as músicas que consomem.

“Ou você vive para suas paixões, ou vive para Deus. Ou você vive para satisfazer o seu corpo, ou vive para Deus”, diz o cantor. “Mundo é mundo, carne é carne, espírito é espírito. O que é nascido da carne é carne, o que é nascido do espírito é espírito, e acabou e ponto final”.

Créditos: WILL R. FILHO (Gospel+)