Estrela de “The Chosen” antecipa o que vem por aí na 6ª temporada: “Segurem suas cadeiras”

Reza Diako, intérprete do apóstolo Filipe em The Chosen, afirmou que a sexta temporada da série promete ser a mais intensa até agora — emocionalmente pesada e espiritualmente profunda. Em entrevista ao The Christian Post, o ator disse que os próximos episódios, que retratam os dias finais da vida de Jesus, levarão os fãs a um novo patamar de envolvimento emocional.

“Se você gosta de intensidade, vai ficar muito empolgado com o que vem por aí”, disse Diako. “Se não aguenta, sinto muito… mas vai acontecer do mesmo jeito.”

Na visão do ator, que entrou para o elenco na quarta temporada, o que diferencia The Chosen de outras produções é o vínculo construído ao longo de várias temporadas. “Sabemos onde essa história vai parar. É doloroso, difícil. Mas o que torna The Chosen diferente é que passamos cinco, seis temporadas construindo esse relacionamento com os personagens. Não é só uma encenação de momentos icônicos — é como perder alguém da família.”

A série, que começou como um projeto financiado por fãs, tornou-se um fenômeno mundial, transmitida em mais de 175 países. Recentemente, fechou parceria com a Amazon Prime para alcançar um público ainda maior.

Filipe, personagem vivido por Diako, é retratado como um outsider espiritual, com um passado ligado a João Batista. “Ele procurou Jesus, e isso diz muito sobre o caráter dele. Ele não foi convencido. Ele viu algo e respondeu. Isso revela alguém que está em busca de algo quase inexplicável.”

Essa busca, segundo o ator, tem paralelos com sua própria trajetória. Tendo vivido em quatro países diferentes e passado por diversas culturas, Diako afirma que aprendeu a valorizar mais o espiritual do que o material. “Isso me ajudou a me conectar com Filipe — alguém que abriu mão do conforto e ainda assim encontrou uma forma de liderar.”

Antes de atuar, o britânico estudou psicologia, fez mestrado em saúde mental e até passou pela faculdade de medicina. Essa bagagem, diz ele, enriquece seu processo de criação dos personagens. “A preparação para atuar é uma investigação constante. Com meu histórico, estou sempre perguntando: o que está por trás disso? O que motiva essa pessoa? Por que Filipe deixou sua casa para ir ao deserto com João, e depois largou tudo por Jesus?”

A nova temporada, intitulada The Chosen: Last Supper, estreou nos cinemas e será dividida em três partes no Prime Video: dois episódios no dia 15 de junho, três no dia 22 e os últimos três em 29 de junho.

Segundo Diako, os conflitos entre os discípulos ganham força neste momento da trama. “Filipe é meio que o elo entre todos. Ele tenta manter a paz entre Pedro, Mateus e os outros. Ele chega com a mensagem de: ‘Vamos focar no caminho que estamos trilhando com Jesus, não no caos ao redor’.”

Para o ator, uma das cenas mais tocantes da quinta temporada foi a Última Ceia. “Jesus fala claramente sobre sua morte iminente, e os discípulos não querem entender. Isso me pegou. É tão humano. A gente sente, sabe a verdade no fundo, mas resiste.”

The Chosen é elogiada por dar profundidade emocional e psicológica aos personagens bíblicos, mostrando-os como pessoas reais. “Você vê os traumas, os conflitos, os choques de personalidade. São pessoas que você poderia encontrar hoje em dia em qualquer lugar. Mas que foram reunidas para algo extraordinário.”

Em tempos de polarização e incertezas, Diako acredita que a série se destaca por tocar temas de fé, unidade e compaixão. “Desde o começo, The Chosen sempre olhou para os marginalizados. Você vê como Jesus trata Maria Madalena, como ele enxerga Mateus. Isso toca algo em todos nós.”

À medida que os fãs se preparam para os temas mais pesados da sexta temporada, Diako deixa um recado: “Vai ser intenso, sim. Mas também vai ser bonito. A história, a atuação, a conexão entre todos… tudo cresceu. Se você aguentar firme, vai ver a boa notícia que vem depois. Segurem suas cadeiras.”

E conclui: “Essa série está crescendo de todas as formas. Está alcançando pessoas. E está nos lembrando que a história de Jesus não é apenas sagrada — é humana. E é isso que a torna tão poderosa.”