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Em declaração comovente e devastadora divulgada nesta terça-feira (10), Michael Tait — ex-vocalista da banda Newsboys e figura de destaque na música cristã — confessou publicamente ter vivido um padrão de autodestruição que, segundo ele, durou cerca de duas décadas.
O cantor, que deixou abruptamente a banda em janeiro de 2025, revelou ter ingressado em uma clínica de reabilitação logo depois, em um gesto desesperado para buscar ajuda e escapar de um estilo de vida que não conseguia mais sustentar.
A banda Newsboys também se pronunciou, afirmando que seus “corações foram despedaçados” ao receberem a notícia.
Confira abaixo, na íntegra, os dois comunicados.
Minha confissão
As recentes reportagens sobre meu comportamento imprudente e destrutivo — incluindo uso de drogas, abuso de álcool e conduta sexual imprópria — são, tristemente, em grande parte verdadeiras.
Por cerca de vinte anos, usei e abusei de cocaína, consumi álcool em excesso e, em certos momentos, toquei homens de forma sensualmente indesejada.
Tenho vergonha das escolhas e ações que tomei na vida e não busco justificativas.
Chamo isso simplesmente como Deus chama: pecado.
Não culpo ninguém além de mim mesmo.
Embora possa contestar alguns detalhes nas acusações, não nego a essência delas.
Quando deixei a Newsboys em janeiro, foi para buscar ajuda.
Eu não estava saudável — nem física, nem espiritualmente — e estava cansado de levar uma vida dupla.
Passei seis semanas em uma clínica de tratamento em Utah, recebendo um cuidado que talvez tenha me salvado da destruição total.
Desde então, estou limpo e sóbrio, embora ainda tenha muito trabalho duro pela frente.
Lamento admitir que, por anos, menti e enganei minha família, amigos, fãs e até meus companheiros de banda sobre aspectos da minha vida.
Vivenciei, na maior parte do tempo, duas vidas completamente distintas.
Eu não era a mesma pessoa no palco no domingo que era em casa na segunda-feira.
Violarei tudo o que meus pais, tementes a Deus, me ensinaram sobre andar com Jesus.
E entristeci o próprio Deus que amo e sobre quem cantei a maior parte da minha vida.
Pela graça Dele, posso dizer que, nos últimos seis meses, vivi uma vida única — marcada por total quebrantamento e completa dependência de um Deus amoroso e misericordioso.
Magoei muitas pessoas, de muitas formas, e viverei com essa dolorosa realidade pelo resto da minha vida.
Só posso sonhar e orar por perdão humano, pois certamente não o mereço.
Aceitei inclusive a possibilidade de que talvez apenas Deus me perdoe completa e definitivamente.
Ainda assim, quero dizer: sinto muito a todos que feri.
Sinto muito de verdade.
Minha esperança e oração é que todos os que foram feridos por mim encontrem cura, misericórdia e esperança no Deus que cura e restaura.
Mesmo antes da divulgação dessas notícias, eu já havia iniciado um caminho de saúde, cura e integridade.
Graças a um pequeno círculo de profissionais de saúde, familiares amorosos, amigos atenciosos e conselheiros sábios — todos que enxergaram minha dor e me cercaram com amor, graça e oração.
O pecado é algo terrível: nos leva para onde não queremos ir; nos prende por mais tempo do que gostaríamos; e nos custa mais do que imaginávamos pagar.
Aceito as consequências dos meus pecados e estou comprometido em continuar o difícil processo de arrependimento e restauração — um processo que farei de forma reservada, longe dos palcos e dos holofotes.
Se meu comportamento pecaminoso fez alguém perder o respeito, a fé ou a confiança em mim, entendo, mereço e aceito isso.
Mas me parte o coração pensar que alguém possa perder — ou escolher não buscar — a fé e a confiança em Jesus por causa do meu péssimo testemunho.
Pois Ele, e somente Ele, é a verdadeira esperança para todos nós.
A oração de arrependimento do Rei Davi, no Salmo 51, tem sido minha oração neste ano:
“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade…
Apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado.
Pois eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está sempre diante de mim…
Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável.”
Na noite passada, nossos corações foram despedaçados ao lermos as denúncias sobre uso de drogas e condutas sexuais impróprias envolvendo nosso ex-vocalista, Michael Tait.
Embora Michael ainda não tenha se pronunciado sobre as acusações, estamos devastados apenas pelas implicações.
Em primeiro lugar, nossos corações estão com as vítimas que corajosamente compartilharam suas histórias.
Se você é uma vítima, pedimos que venha à tona.
Nós não toleramos nenhum tipo de abuso sexual.
Somos quatro homens, maridos e pais.
Juntos, temos quatorze filhos.
Nossas esposas e filhos fizeram muitos sacrifícios enquanto dedicávamos nossas vidas a fazer música que glorifica a Deus.
Estamos horrorizados, com o coração partido e, sim, com raiva desse relato.
De muitas maneiras, sentimos que nós e nossas famílias fomos enganados por quinze anos.
Quando Michael deixou a banda em janeiro, ele nos disse — a nós e à nossa equipe — que “levava uma vida dupla”.
Mas jamais imaginamos que a situação fosse tão grave.
— Jeff, Jody, Duncan e Adam
Como cristãos, somos chamados a falar a verdade — mas também a lembrar que é Jesus, e não um artista, o autor e consumador da nossa fé.
A música que ajudou a transformar a vida de milhões — de Jesus Freak a God’s Not Dead — continua sendo usada por Deus, mesmo que quem a entregue falhe.
Porque todos nós falhamos.
O repertório de Tait, como o de tantos outros artistas antes dele, contém canções que ainda tocam corações para o Evangelho.
Seus erros não anulam esse impacto, mesmo que suas ações agora exijam humildade, responsabilidade e profundo arrependimento.
Então, oramos.
Oramos pelas vítimas.
Oramos pelos Newsboys.
Oramos pelos fãs.
Oramos por Michael.
Oramos por clareza, por restauração e por uma história de redenção que só Deus pode escrever.
Escrito por criativa
Michael Tait Newsboys revelação
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